Qual a diferença entre medicamento genérico, similar e de referência?

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Na hora de comprar um medicamento, as pessoas encontram nas farmácias variações de fármacos que possuem um mesmo princípio ativo, porém com nomes e marcas diferentes. Eles são conhecidos e classificados entre um medicamento genérico, similar ou de referência.

Para o farmacêutico ou atendente da farmácia, é importante saber a diferença para poder explicar ao seu cliente o que ele está adquirindo. Muitas vezes, uma explicação correta e sincera, pode até fazer com que ele opte por uma marca A ou B.

Nós da G2 Sistemas, acreditamos que é importante saber claramente a diferença, para poder oferecer na farmácia um atendimento de qualidade e que seja capaz de fidelizar o cliente.

Por que existe essa classificação?

Na verdade, a classificação é uma forma de identificar os diferentes tipos de um fármaco que possui a mesma composição, mas que não são exatamente iguais no seu desenvolvimento e pesquisa.

A indústria farmacêutica investe pesado em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos e é evidente que ela faz isso almejando um retorno futuro. Um exemplo do nosso presente é a pesquisa pela vacina da COVID-19, que pode gerar milhões (ou até bilhões) de dólares para as empresas que conseguirem entregar uma fórmula que tenha sucesso e seja segura. Como se tornou uma pandemia, alcançando todos os cantos do mundo, estima-se que a demanda que será gerada pelos governos e a população é gigante.

Para uma vacina, ou um medicamento seja comercializado, ele precisa passar por uma série de testes sanitários e de segurança que garantam um padrão de risco baixo para os futuros usuários. 

Após seu desenvolvimento e lançamento no mercado por um laboratório, a empresa que registra a patente da fórmula possui um período onde ela é detentora desse produto e ninguém mais além dela pode produzir e comercializá-lo. No Brasil, são 20 anos que a empresa pode explorar a venda de uma fórmula patenteada.

A partir do momento que os 20 anos passam, é quebrada a patente e outras empresas passam a poder explorar a mesma fórmula e desenvolver outras marcas. É aí que podem surgir os medicamentos genéricos e similares.

O que é um medicamento de referência?

O medicamento de referência é o “original”, que foi lançado pela indústria farmacêutica com base em seu registro de patente, que pesquisou e descobriu a sua fórmula. Ele sempre tem um preço maior, mesmo depois da quebra de patente, porque possui todo o histórico de desenvolvimento, pesquisa, testes, e sua eficácia já foi comprovada e testada por órgãos de saúde, como a ANVISA no Brasil. Além disso, se ele for popular, é muito provável que já tenha construído uma marca conhecida.

Existe um link disponibilizado pela própria ANVISA, com uma lista dos medicamentos de referência: Clique aqui para acessar o site da ANVISA.

O que é um medicamento similar?

Medicamentos similares possuem os mesmos princípios ativos e quantidades do medicamento de referência ou genéricos, com a diferença é que são produzidos por outro laboratório concorrente e possuem uma marca nova com um nome fantasia de mercado para a composição.

Eles precisam ser idênticos em princípio ativo, composição, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Caso contrário, não se enquadra nessa categoria. Isso não só precisa estar explícito como precisa ser comprovado na ANVISA por testes de equivalência para ter seu registro como similar.

O medicamento similar pode diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos.

Normalmente, o farmacêutico oferece um medicamento similar quando o cliente solicita o de referência, mas ele está muito caro, ou está em falta. Ele quase sempre é um pouco mais barato e é uma opção a mais para a farmácia ter sempre em estoque.

É comum o medicamento de referência ser muito caro e a farmácia optar por não o manter em estoque, oferecendo similares ao cliente, 

Para chegar na prateleira da farmácia, os laboratórios precisam submeter os medicamentos similares – assim como os de referência – pelos mesmos processos de testes e comprovações científicas de segurança.

Essa é a principal diferença para um medicamento genérico, como vamos ver adiante. 

O que é um medicamento genérico?

Os medicamentos genéricos se tornaram populares e é uma alternativa mais acessível para a população. Eles chegam a custar 30% menos do que os similares ou de referência, além de serem mais fáceis de serem encontrados nas farmácias principalmente em cidades pequenas.

Para um medicamento se enquadrar em genérico, eles não podem ter uma marca e nem um nome fantasia, devendo a embalagem conter apenas o nome do princípio ativo, o nome do laboratório que o produz e a identificação de “Medicamento Genérico” com uma tarja amarela de destaque.

Um medicamento genérico possui os mesmos princípios ativos dos remédios similares e de referência, com a mesma dose e a mesma fórmula farmacêutica.

Para produzir um medicamento genérico, as indústrias farmacêuticas não precisam realizar as mesmas pesquisas e testes que passam os medicamentos similares e de referência.

Isso não significa que ele não precisa passar pelos testes da ANVISA. Eles também precisam ser aprovados pelo órgão regulador, principalmente para apresentar a sua equivalência e comprovar que possuem equiparidade.

A sua popularização aconteceu no Brasil a partir dos anos 2000, a partir de uma legislação específica regulamentou a sua comercialização. O objetivo da política dos genéricos é democratizar o acesso aos medicamentos oferecendo um preço mais acessível para a população.

Intercambialidade dos medicamentos

Um ponto de atenção para o farmacêutico é a intercambialidade dos medicamentos genéricos. Ela pode ocorrer somente entre medicamento de referência e genérico e/ou medicamento de referência e similar. 

Não se pode oferecer para o cliente um medicamento similar ou de referência se o médico tiver prescrito um genérico.

A troca de medicamentos é algo que gera dúvidas entre a população, por isso o farmacêutico ou atendente precisa ter clareza na hora de apresentar as alternativas para o usuário e assim, oferecer um atendimento de qualidade.

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